Ontem fui correr com o meu marido.
Não corri com ele 😊 Corri lado a lado com ele. Ou melhor, comecei lado a lado e perdi-o pelo caminho.
Temos passadas diferentes, temos ritmos diferentes. 6 kms a correr para mim são 50 minutos e para ele uns 20. Nem vale a pena. O bom é que quando nos cruzámos percebi que estava quase a chegar a metade do percurso. Lol
Na semana passada tive uma reunião num grupo de mentoria, em que sou uma das alunas. Sendo o início do mês o objetivo é partilharmos os nossos objetivos. Quando chegou a vez de uma colega, ela disse muito a custo que ainda não tem a objetividade de outros colegas, que sente que está para trás. A nossa mentora respondeu: “nunca te compares com outros, apenas contigo própria.“
Em vários momentos já nos aconteceu esta inevitabilidade de nos compararmos com outros. Pior, a própria sociedade acaba por promover isso: na escola com as notas dos testes, nas entradas nas faculdades com as médias, nas entrevistas de empregos, nos concursos públicos.
Como filha de professores sempre me revoltei com esta igualdade desigual e sempre quis sair do círculo. Até porque sofri bulling por ser filha de professora e precisei de me destacar de outras formas.
Percebi logo na faculdade que não era aquele canudo que me iria dar o empurrão que precisava e, logo que soltei amarras da faculdade, comecei a procurar outro tipo de conteúdos, outros métodos de ensino.
Não houve um único ano até hoje que tenha apenas estudado na escola ou apenas trabalhado depois da faculdade. Mas foi a partir do momento em que a internet cresceu que percebi que podia estar mais perto do mundo exterior.
Desde muito cedo que contato com outras culturas, através de viagens, estive em famílias em Inglaterra durante o Verão, os meus negócios tinham casas-mãe internacionais e existiam em todo o mundo, e todo esse contato fez-me crescer.
Se sou melhor ou pior que outros? Não sei e não interessa!
Porque sei que sou a minha melhor versão hoje e sou muito melhor que fui/era ontem.
Se é fácil? Nem sempre! Não há muitos que compreendam esta necessidade de andar sempre à procura. Mas que é gratificante, é. Muito!
Se quiseres, partilha comigo se já alguma vez sentiste esta diferença em relação a outras pessoas e como lidaste com isso.