Eu sou Mãe Empresária e, na verdade, se não fosse mãe possivelmente não seria empresária…
Mas quando criei o meu primeiro negócio em 2005, não conseguia manter o equilíbrio entre os dois papéis e, pior, grande parte das vezes ganhava o negócio 1-0 à irmã já que nasceram pratidamente na mesma altura.
Era extremamente workaholic e tinha que provar a mim e a todos os que me rodeavam que era capaz já que arrisquei ao despedir-me de uma multinacional sem indemnização nem subsídio. E ainda tinha a questão de ser mega hiper perfecionista. E tudo isto era um peso enorme sobre os ombros e um desequilíbrio muito grande.
Claro que já tenho muitos anos desta vida e tem sido um autoconhecimento profundo enquanto mãe e enquanto empresária.
Ser mãe é importante porque a minha família é a minha base, o meu pilar, o meu porquê, os meus sonhos, os meus motivos, temos uma grande cumplicidade.
Ser empresária é abraçar o meu dom, poder realizar sonhos de outras pessoas através da inspiração que dou, dos ensinamentos que ensino.
Um papel sem o outro fariam de mim uma pessoa incompleta.
O papel de mãe dá-me uma maturidade muito grande para compreender outras empresárias, para lidar com as suas desculpas, para as fazer mover; por outro lado, tornei-me mais desenrascada e menos perfecionista como mãe o que transportei para a minha profissão de empresária.
O papel de empresária obrigou-me a ser mais organizada, mais atenta, a falar e ouvir mais com o coração o que também transportei para o papel de mãe o que faz com que tenhamos uma grande cumplicidade e seja muito admirada pela minha filha.
Pessoalmente acho que é mesmo uma questão de decisão diária:
- qual destes papéis é importante ser desempenhado em que altura?
- consegues equilibrar depois de um momento pontual de desequilíbrio?
Não precisas é de viver em desequilíbrio e muito menos viver com culpa e ansiedade.